Extraído do meu livro “Didá Obí. . .Adivinación a Traves del Coco.” Carolina: El Impresor, 1980.
Traduzido por Ricardo Ferreira do Amaral, advogado, artista plástico e filho de Airá.

O esboço da seguinte mojubá, é um trecho extraído de um livro que publiquei em Puerto Rico, em 1980. Projetei a estrutura desta mojubá para o primeiro seminário oferecido pelo Templo Yoruba Omo Orisha de Puerto Rico, em 1980, onde lecionei. Desde então, a tenho usado em vários seminários em que lecionei, em Miami, Califórnia, Chicago e Michigan. Isto não significa que seja a mojubá definitiva, mas, basicamente um modelo que qualquer devoto, ordenado ou não, pode seguir de uma maneira com conteúdo.

Todo ato ou adoração da religião lukumi deve iniciar com a libação de água fresca, seguida pela invocação de louvor e oração conhecida como mojubá. Esta é a contração ioruba das palavras emi— eu, e ajubá— saudação. “Eu saúdo”.

Esta invocação é dividida em várias seções. A primeira delas, começa com uma saudação a Olodumaré, chamando-o por todos seus nomes de louvor, num ato que reconhece e paga tributo ao Criador Divino e à sua onipotência. Ainda que tido por uma divindade silenciosa e distante, na tradição lukumi, Olodumaré deve ser reverenciado em todos os rituais, eis que sem o Ser Supremo, nada poderia ser possível.

Depois de prestar homenagem a Olodumaré, pagamos tributo a dois ancestres que desempenham um importante papel no esquema da religião lukumi: Asedá (Ashedá) e Akodá, dois antepassados muito importantes que se acredita terem sido os dois primeiros discípulos de Olodumaré, a quem lhes foi confiada a disseminação das palavras sagradas de Olodumaré e dos orixás pelo mundo afora. Os Babalawôs acreditam que tenham sido os dois primeiros discípulos de Orúnmilá, que lhe ajudaram a divulgar Ifá, e sua sabedoria, a toda a humanidade. Foram os primeiros embaixadores da religião ioruba (e por extensão, também da religião lukumi).

Continuamos, prestando homenagem ao tempo. Reconhecemos o passado, o presente e o futuro como testemunhas indispensáveis da viagem de um minuto da humanidade, através dos domínios da existência. Fazendo isto, rogamos pela existência ininterrupta do mundo e da nossa espécie.

Seguidamente, pagamos tributo a nossa mãe e a nosso pai, iyátobí e babátobí, os dois indivíduos mais essenciais, sem os que, obviamente, não existiríamos. Os Lukumis são um povo muito orientado pela família e seus descendentes brindam grande importância e respeito aos seus progenitores, a quem adoram durante suas vidas e também após as suas mortes. De fato, nossos pais são tão sagrados quanto os orixás. Nos rituais de iniciação, o Obá Oriaté deverá prestar homenagem aos nossos pais em importantes intervalos, durante toda a cerimônia.

Homenageamos depois a ará— a terra, o corpo físico ou o planeta— e a ilé— o solo que pisamos, bem como a casa onde moramos. Tal como um silencioso observador, este planeta provê o necessário à nossa existência e é o receptor eventual de todas as nossas ações. Ilé nos dá vida e nos nutre através das nossas existências, pelo que, após termos morrido, teremos que nutrí-la com nossos corpos, que ela sustentou durante esses anos. Como é bem sabido, os Olorixás não podem ser cremados, mas, deverão retornar à terra donde fomos criados.

A segunda seção de uma mojubá consiste em saudações aos nossos antepassados. Na tradição lukumi, os ancestres são chamados de Egúngún ou Egún. Estes não devem ser confundidos com os Araorún (Araonú)— cidadãos do Céu, nem com Iwín­— almas errantes que vagueiam pela terra.

Egúngún são somente aqueles espíritos relacionados conosco por laços sanguíneos e através da nossa linhagem de orixás. Todos os demais são Araorún. Iwín são entidades negativas, comumente espíritos de pessoas que morreram antes do tempo devido, já seja porque cometeram suicídio, ou foram mortas por sortilégios ou bruxaria. Ainda que esta não seja uma prática habitual, há Olorixás que pagam tributo a guias espirituais em suas mojubás Isto é um erro. Essas entidades são reconhecidas de forma generalizada em um segmento particular da mojubá, e não devem ser incluídas entre os nossos Egún, simplesmente porque não são Egún. Araorún, tal como vimos, são reconhecidos na instância final do segundo segmento, quando dizemos: Mojubá gbogbowán olodó araorún, oluwó, iyaloshá, babaloshá, omó kolagbá Egún mbelése Olodumaré.

Os lukumis consideram seus antepassados tão importantes e sagrados quanto os orixás, e dignos do mesmo respeito. De fato, Egún complementa o orixá, tal como deixa claro o provérbio: ikú l’obí oshá— a morte é que dá nascimento ao orixá. Desafortunadamente, a razão para isto não pode ser revelada em um fórum de natureza pública. Neste estágio da mojubá, alguns antepassados são chamados para prestarem sua ajuda na apropriada execução das cerimônias levadas a cabo e para que ofereçam suporte e sabedoria em favor dos presentes. Depois de termos saudado os Egungún dos devotos, pagamos, então, tributo aos ancestres que acompanham nossa iyalorixá ou nosso babalorixá e a nossa ojigbona—assistente da iyalorixá ou do babalorixá durante nossa ordenação, e a todos os que acompanham os membros de nossa comunidade religiosa particular.

O terceiro e último passo consiste em uma oração para Olodumaré e para todas as outras entidades chamadas anteriormente para assegurar a boa existência do devoto, de seus entes queridos, e de todos os que estejam presentes, de maneira que nenhum contratempo possa afligi-los, pois isto não forma parte do destino que eles escolheram.

A Invocação

Mojuba Olofín, Mojuba Olorún, Mojuba Olodumare
Olorún Alabosudayé, Alabosunifé
Olorún Alayé, Olorún Elemí
Mojuba Ashedá, Mojuba Akodá
Mojuba ayaí odún, oní odún, odún olá
Mojuba babá, Mojuba yeyé
Mojuba ará, Mojuba ilé
Mojuba gbogbowán olodó araorún, oluwó, iyalosha, babalosha, omó kolagbá Egún mbelése Olodumare
Araorún, ibá é layén t’orún “mais ou menos,” (ao que os presentes respondem) ibá é
[Nomes de todos os Egún] ibá é
[Conhecidos pelo Olorixá] ibá é
ibá é, etc…

Depois de saudar a todos os antepassados conhecidos e reverenciados de acordo com a tradição da linhagem do Olorixá, o sacerdote ou a sacerdotisa diz:

Ibá é layén t’orún gbogbó Egún araorún orí emí naní [Nosso nome é mencionado em reverência a nossos antepassados]
Ibá é layén t’orún gbogbó Egún araorún orí iyalorisha emí [aqueles que acompanham nossos iyalorixá ou babalorixá]
Ibá é layén t’orún gbogbó Egún araorún orí Ojigbona emí [O sacerdote ou a sacerdotisa que serve como nosso/a Ojigbona]
Ibá é layén t’orún gbogbó Egún araorún orí ni gbogbó igboro kalé ilé [Todos aqueles que estão presentes]
Ibá é layén t’orún gbogbó Egún, gbogbowán olodó, lagbá lagbá, Araorún, otokú timbelayé, mbelése Olorún, Olodumare.

Kinkamashé [Iyalorixá ou Babalorixá]
Kinkamashé [Ojigbona]
Kinkamashé [Oriaté]
Kinkamashé [Babalawó , quando aplicável]
Kinkamashé [Todos os Olorixás vivos da nossa linhagem que queiramos saudar ou orar por eles]
Kinkamashé Orí‑Eledá emí naní [Você]
Kinkamashé gbogbó kalenú, igboró, aburó, ashíre, Oluwó, Iyalosha, Babalosha, kale ilé.

Significado das palavras usadas nesta Mojubá

Mojuba: Saúdo ou presto homenagem ao
Olofín: Dono do palácio
Olorún: Dono do Céu
Olodumare: Dono da vasta expansão do universo
Alabosudayé: Protetor que tudo abraça na terra
Alabosunifé: Protetor que tudo abraça na cidade de Ifé.
Alayé: O vivente (Deus)
Elemí: Dono do fôlego
Ashedá e Akodá: Mensageiros sagrados
Ayaí odún: Os dias que se foram; o passado
Oní odún: Os dias que são; o presente
Odún olá: Os dias que virão; o futuro
Babá: Pai
Iyá: Mãe
Yeyé: Mamãe
Ará: Corpo; o planeta
Ilé: O solo que pisamos; a casa onde moramos
Gbogbowán olodó: Aqueles que já partiram do nosso caminho e moram à beira do rio (Olorixás falecidos)
Araorún (Araonú): Cidadãos do Céu
Oluwó: Sacerdote de Ifá
Iyalosha: Mãe-de-santo; sacerdotisa
Babalosha: Pai-de-santo; sacerdote
Omó kolagbá: Alto sacerdote, dotado e versado em todos os aspectos da religião
Mbelesé: Aos pés de
Ibá é layén t’orún (t’orún): Aqueles que partiram da Terra para o Céu (orún reré)
Alagbá lagbá: Todos os maiores, presentes ou não (literalmente: o mais antigo dentre os antigos)
Otokú: Aquele/a que morreu
Timbelayé: Firmemente no outro mundo
Kinkamashé: Não deixe nada (negativo) acontecer para
Ojigbona: Assistente da Iyalorixá ou do Babalorixá numa iniciação
Oriaté: O/a alto/a sacerdote ou sacerdotisa que realiza as cerimônias de ordenação
Emí naní: Eu; eu mesmo
Gbogbó kalenú: Todos aqueles presentes na casa
Igboro: Visitantes
Aburo: Irmão ou irmã
Ashiré: Filhos- de- santo; montaria ou cavalo dos Orixás (pessoa que é possuída por um orixá)
Kalé ilé: Todos aqueles que estão na casa.

Antepassados renomados que devem ser invocados na mojubá de cada um

O primeiro grupo são pioneiros vagamente relembrados, que vieram a Cuba nos começos do Século XIX. Virtualmente, absolutamente nada é conhecido acerca daqueles Olorixás, a não ser que a maioria deles, esteve associada ao Cabildo San José 80.

Gbangboshé Awapitikó
Malaké la grande
Malaké la Chiquita
Dadá
Kaindé
Adeú
Tawadé
Odé Waro
Ña Inés, Yenyé T’Olokún
Teresita Ariosa, Oñí Osun (ainda que algumas fontes digam que se chamava Oshún Funké ou Oshún Kayodé)
Omó Delé
Obankolé
Adufé

Ainda que alguns dos Olorixás do segundo grupo sejam tão enigmáticos quanto os do primeiro, são lembrados melhor, por terem estado em atividade durante o final do Século XIX e no início do Século XX.

Ña Rosalía, Efunshé Warikondó
Progenitora da nação Egbado , Omó Oshosi. No último quarto do Século XIX, Efunshé pode ter introduzido a cerimônia centralizada em La Habana para as adoshú e que ainda é praticada, sendo eventualmente disseminada pela ilha.

Ma Monserrate González, Obá Tero
Progenitora da nação Egbado, Oní Shangó. Obá Tero é a fonte de muitos orixás Egbado em Cuba: Olokún, Oduduwá, Boromú, Yewá, e outros. Sua linhagem está muito bem enraizada em Matanzas.

Fermina Gómez, Oshabí
Ordenada por Ma Monserrate González, Oshabí tornou-se conhecida como a fonte mais reputada dos orixás Egbado em Cuba, tais como Olokún, Yewá e Oduduwá, até o seu falecimento, em 1950. Herdou este conhecimento de sai iyalorixá, Obá Tero.

Arabia Oviedo
Sacerdotisa de Oyó, que fundou uma linhagem na localidade de Pueblo Nuevo, em Matanzas. Sua linhagem, provavelmente seja a segunda mais numerosa em Matanzas.

Timotea “Latuán” Albear, Ajayí Lewú
Oní Shangó e uma das primeiras Obás Oriatés. Instruiu Octavio Samá, Obadimejí.

Ña Belén González, Apóto
Fundadora da linhagem comumente referida como “la pimienta”— a pimenta. Não está claro se foi uma Oló Oshún ou uma Oní Yemojá. Foi ordenada em Cuba por uma iyalorixá conhecida por Teresita Oshún Funké, provavelmente a mesma Teresita Ariosa. Uma fonte diz que foi ordenada por La China Silvestre, Oshún Miwá, e outros dizem que Apóto foi a única que ordenou Oshún Miwá.

Ña Margarita Armenteros, Ainá Yobo
Fundadora de outra importante linhagem em La Habana. Tibursia Sotolongo, Oshún Mewá e o Obá Oriaté Abelardo Bequé (Becker), Oñí Osun (filho-de-santo de Tibursia) descendem de Ainá Yobo.

Ño Filomeno García, Atandá
Babalawô, onilú— tocador de tambor — e abegí — entalhador, junto com Añabí, talharam os primeiros tambores batá ortodoxos fabricados em Cuba. A Atandá também lhe é reputado o entalhe das máscaras (possivelmente Geledé) de Olokún, usadas no Século XIX, na cidade de Regla, Cuba, para dançar em homenagem a este orixá.

Ño Juan “el cojo,” Añabí
Babalawô, onilú— tocador de tambor — e abegí — entalhador, junto com Atandá, talharam os primeiros tambores batá ortodoxos fabricados em Cuba.

Ño Remigio Herrera, Adeshiná
Provavelmente um dos primeiros Babalawôs a chegar na ilha, perto de 1830 e pode ter tido alguma participação nas cerimônias de criação dos primeiros tambores batá, em Cuba, por Atandá e Añabí. Ainda que tenha ingressado em Cuba através de Matanzas, onde viveu por alguns anos, também era bem conhecido em Regla, onde passou seus últimos 35 anos na ilha, fundando o Cabildo Yemayá, que depois foi herdado por sua filha Josefa “Pepa” Herrera, Eshúbí.

Octavio Samá, Obadimejí
O primeiro Obá Oriaté masculino nascido em Cuba, discípulo de Latuán. Obadimejí foi ordenado por duas vezes, primeiro para Oshún, em sua localidade natal, Sabanillas, e depois para Aganjú, quando chegou em La Habana, no final do Século XIX. Latuán e Efunshé recusaram-se a acreditar que já tinha sido ordenado e exigiram que passasse pelo ritual de ordenação novamente. No itá, descobriram que efetivamente já tinha sido ordenado. Daí seu nome: “o rei transforma-se em dois” (ou como é interpretado em Cuba: “ aquele que foi coroado por duas vezes”).

José Roche, Oshún Kayodé
Ordenado em 1896 por Tranquilina Balmaseda, Omí Saya, uma religiosa descendente de Efunshé. Oshún Kayodé provavelmente, foi o segundo Oriaté masculino, parcialmente instruído por Latuán.

Calixta Morales, Odé Deí
Algumas fontes acreditam que era filha de Efunshé. Outras, dizem que eram apenas boas amigas. Lydia Cabrera chamou-a “a última grande apuón feminina”. Provavelmente tenha sido a primeira Olorixá de Oshosi ordenada em Cuba.

Josefa “Pepa” Herrera, Eshúbí
Filha de Adeshina e possivelmente, a primeira Olorixá ordenada para Elegbá em Cuba. Ña Inés, Yenyé T’Olokún e Ma Monserrate González, Obá Tero, foram as únicas ordenadas por ela no último quarto do Século XIX. È mais recordada pelas procissões do seu Cabildo, que ela organizava anualmente na cidade de Regla, para honrar Yemojá e Oshún

Tata Gaytán, Ogundá’fún
Foi um famoso Babalawô, morto em 1945 e provavelmente o primeiro a ser ordenado em Cuba, por Adeshina, no final do Século XIX. Mais conhecido por ter sido o primeiro Babalawô a consagrar Olokún para outros Babalawôs no início do Século XX.

Aurora Lamar, Obá Tolá
Até a Revolução Cubana, Aurora Lamar foi, provavelmente, a mais prolífica Iyalorixá em Cuba, tendo ordenado ao redor de 2000 pessoas. Introduziu a religião em Santiago de Cuba nos anos 40. Sua linhagem, provavelmente seja a mais estendida atualmente.

Tomás Romero, Ewín Letí
Tomás Romero foi o único discípulo de Obadimejí. Foi um dos mais populares Oriatés, depois da morte de seu mentor.

Nicolás Valentin Angarica, Obá Tolá
Obá Tolá foi ordenado por Obadimejí em 1941, sendo seu aprendiz até a morte de seu Babalorixá, em 1944. Ainda que tenha trabalhado com seu Babalorixá por um período de tempo muito curto, trouxe a La Habana o conhecimento que tinha obtido em sua família, em sua localidade nativa, Carlos Rojas, em Matanzas. Era descendente de uma longa estirpe de Olorixás. È mais relembrado por ter escrito o primeiro livro sobre a religião lukumi, publicado em Cuba nos anos 50: “El Lucumí al Alcance de Todos”.

Lamberto Samá, Ogún Toyé
Um dos dois mais importantes Oriatés que sucederam à geração de Tomás Romero.

Os seguintes, são importantes Egún da Diáspora Cubano-Lukumi.

Mercedes Noble, Oban Yoko
A primeira Olorixá a realizar uma ordenação completa na cidade de New York, em 1964.

Laura Noble, Omí Lefún
A primeira Olorixá a realizar uma ordenação completa em Miami, em 1964.

Orestes Blanco, Oshún Wé
Junto com Viki Gómez, Osha Inle (ainda viva), Oshún Wé foi Oriaté na primeira ordenação realizada nos Estados Unidos, em 1964

Chris Oliana, Obá Ilú Mí
O primeiro negro estado-unidense a viajar a Cuba para conhecer a religião lukumi, na década de 50. Foi ordenado por um filho-de-santo da falecida Fermina Gómez, Oshabí

Pancho Mora, Ifá Morote
O primeiro Babalawô nos Estados Unidos e possivelmente, um dos primeiros Olorixás a fixar residência neste país, no Século XX.

Apolinar González, Oshaweyé
Oshaweyé foi um dos Oriatés mais importantes durante os anos de formação da religião nos Estados Unidos. Faleceu em Los Angeles, em 1980.

Asunta Serrano, Osá’unkó
Osá’unkó foi, provavelmente, uma das primeiras porto-riquenhas a serem ordenadas na religião lukumi. Foi iniciada em Cuba, no final dos anos 50, por Olga Morales, Oshún Funké, uma descendente de Aurora Lamar. Foi uma das primeiras pioneiras em New York City e uma das primeiras lukumis a viajar à Iorubalândia, depois de 1959.

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